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Eminem e Royce Da 5’9″ são Bad Meets Evil

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Quando Eminem se reúne com ex colaborador e companheiro e nativo da Motor City Royce da 5’9″, é como se fosse 1997 de novo.

POR: Brent DiCrescenzo

PUBLICADO: 03 de agosto, 2011

Depois de todas as capas da Rolling Stone, os prêmios Grammy, o Oscar, uma entrevista no “60 Minutes” e o maior sucesso na década de 2000 do que qualquer estrela pop, é difícil imaginar Eminem como um garoto faminto em Detroit, batalhando com sua demo. Bem, a menos que você assista ao “8 Mile”. Mas o que muitas vezes passa despercebido na história do Marshall Mathers é que ele tinha um grupo antes de ter sido arrancado da obscuridade por Dr. Dre. Mathers formou o Bad Meets Evil com um companheiro de Detroit, Ryan “Royce Da 5’9” Montgomery, em 1997. Você provavelmente pode adivinhar quem é o “Evil (Malvado)”. A dupla estava congelada até o recente lançamento de um EP, “Hell: The Sequel”. Eu conversei com os dois velhos amigos por telefone.

Como vocês se conheceram?

Eminem: não me lembro do começo. Então …

Royce: eu me lembro. Minha memória é melhor que a dele, e minha memória é realmente muito terrível. Eu estava abrindo um show para Usher em 97. Em tinha uma fita que estava vendendo na feira, o “Slim Shady EP”.

Eminem: eu tinha uma pequena cabine montada.

Royce: Sim, ele tinha uma pequena cabine, e eu fiz um acappella lá que ele gostou. Meu gerente nos apresentou. Eu tinha ouvido falar dele, mas ele não tinha ouvido falar de mim antes.

Quais foram suas primeiras impressões sobre o outro?

Royce: eu achei ele legal pra caralho cara. Eu escutei seu EP e fiquei com um pouco de medo dele.

Eminem: não gostei do Royce. Eu ainda não gosto… Nah. Bad e eu temos personalidades muito semelhantes, um senso de humor parecido. Quando nós nos juntamos a princípio, gostávamos de brincar. Essa foi uma das coisas que fez a gente se identificar tão rápido. Dentro de uma semana mais ou menos, eu fui a um de seus estúdios e fizemos uma gravação e acabamos dando o nome de “Bad Meets Evil”.

Royce: Ele apareceu no estúdio sozinho, que eu achei muito legal.

Por quê? Você esperava uma comitiva?

Royce: não sei. Eu sei que eu nunca fui à lugar nenhum sozinho. Ele é muito solitário.

Eminem: [Risos] Eu vou a um monte de lugares sozinho.

Eminem, você ganhou a sua reputação em batalhas de rap. Você batalhou contra um monte de MC’s de Chicago. Alguns deles ainda se gabam hoje em dia, “uma vez eu derrotei o Eminem!”. O que você se lembra dessas competições?

Eminem: Tentando relembrar, tentando relembrar. O nome da única pessoa que lembro que batalhei foi Juice. Eu sei que Juice tinha uma reputação na cidade e isso foi uma das primeiras coisas que eu tinha aprendido quando fui ao… Scribble Jam, que foi em Ohio, não é?

Sim, Cincinnati.

Eminem: É, então eu fui para Cincinnati e o nome Juice estava na boca das pessoas. As pessoas estavam falando sobre ele antes que eu tivesse sequer ouvido falar dele. Quando eu o ouvi pensei, “Uh oh. O cara é bom”. Eu não lembro exatamente no que deu a batalha, mas acho que batalhamos várias diferentes vezes e foi um empate ou alguma merda e depois eles acabaram cortando o microfone, porque a gente ficava empatando.

Aqui está uma linha que você mandou ao Juice: “Você não conseguiria fazer uma multidão levantar/vomitar suas mãos se eles ingerissem seus dedos”.

Eminem: O que é louco é que eu fiz esse freestyle na hora… [Risos] Não, na verdade não fiz.

Royce: eu estava prestes a dizer, você não inventou essa merda sozinho.

Qual é o seu momento favorito no EP do Bad Meets Evil?

Eminem: Houve momentos engraçados enquanto fazíamos essas músicas, onde eu lhe daria uma certa linha para rimar. Eu dei a ele “truculent”. Eu era meio filho da puta com isso.

Royce: Sim, você era. [Em rindo] Eu tive que rimar isso com “buckling” e “oven mitts”.

Como você define a diferença entre o mau e malvado?

Royce: A razão pela qual eu sou o mau é porque meu conteúdo é “mais mau”. Tipo, eu posso rimar sobre estar usando Gucci e dando tapas numa puta, e isso é mau.

Eminem: [o personagem do] Royce é um pouco mais brutal. O meu é provavelmente um pouco mais cínico. Tipo, ele colocaria um gato no microondas em sua versão. Eu diria que ele botou fogo no gato. Eu não o colocaria no microondas.

É mais difícil trabalhar com uma multidão de um festival gigante?

Eminem: Bem, festivais são, quero dizer, bastante novo para mim. Eu acho que fiz alguns deles antes? Como o ciclo do álbum “Recovery”? Eu acho que há alguns anos atrás em meus dias mais nebulosos. [Risos]

Royce: Na verdade você não pode colocar o Em em qualquer lugar além de um festival a não ser que você coloque-o em uma arena. Ele é preso fazendo esses shows.

Eminem: É uma loucura olhar na multidão e ver tanta gente.

Você já teve vontade de mergulhar neles?

Eminem: eu parei de saltar no meio da multidão, alguns anos atrás, quando eu pulei no meio da multidão e voltei quase pelado. Você sabe o que, eu pensei, eu provavelmente não vou fazer mais isso. Pensei “cala boca!”

Eminem, acompanhado por Royce, se apresentam no palco Music Unlimited do Lollapalooza no sábado (6 de agosto) às 21h30.

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